terça-feira, 8 de novembro de 2011

Bulling, converse com seu filho a respeito

Ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato tem caracterizado o bulling, cuja palavra oriunda do termo inglês bully, significa valentão, brigão. Segundo Cléo Fante, educadora e autora do livro Fenômeno Bulling: Como Prevenir a Violência nas Escolas e Educar para a Paz (Ed. Verus), “essa é uma das formas de violência que mais cresce no mundo”.

Acredito que muita gente tenha filhos, sobrinhos, afilhados, que possam até sofrer esse tipo de violência mas não comentam nada.

É importante nós enquanto adultos, ficarmos atentos às mudanças de comportamento, dar abertura ao diálogo com os filhos, conversar sempre sobre o que acontece na escola, conhecer os amigos com quem ele anda, bem como sua família.

É muito difícil definir uma formula para ter 100% de tranqüilidade quando o assunto é filho, infelizmente não temos uma cartilha para seguir tão pouco somos todos iguais.

Mas uma vez que resolvemos ter filhos somos responsáveis por seu desenvolvimento dentro de padrões que consideramos adequados para cada família, preservando sua integridade e moral.

Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”, “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse comportamento, considerado normal por muitos pais, alunos e até professores, está longe de ser inocente.

Ele é tão comum entre crianças e adolescentes que recebe até um nome especial: bulling. Trata-se de um termo em inglês utilizado para designar a prática de atos agressivos entre estudantes. Traduzido ao pé da letra, seria algo como intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é aquele aluno perseguido, humilhado, intimidado.

E isso não deve ser encarado como brincadeira de criança. Especialistas revelam que esse fenômeno, que acontece no mundo todo, pode provocar nas vítimas desde diminuição na auto-estima até o suicídio.

É importante alertar sobre a alta prevalência da prática de bulling entre estudantes, conscientizando-os da importância de sua atuação na prevenção, diagnóstico e tratamento dos possíveis danos à saúde e ao desenvolvimento de crianças e adolescentes, além da necessidade em orientar as famílias e a sociedade para o enfrentamento da forma mais freqüente de violência juvenil.

O bulling diz respeito a uma forma de afirmação de poder interpessoal através da agressão. A vitimização ocorre quando uma pessoa é feita de receptor do comportamento agressivo de uma outra mais poderosa.

Tanto o bulling como a vitimização têm conseqüências negativas imediatas e tardias sobre todos os envolvidos:agressores, vítimas e observadores.

Todos desejamos que as escolas sejam ambientes seguros e saudáveis, onde crianças e adolescentes possam desenvolver, ao máximo, os seus potenciais intelectuais e sociais.

Portanto, não se pode admitir que sofram violências que lhes tragam danos físicos e/ou psicológicos, que testemunhem tais fatos e se calem para que não sejam também agredidos e acabem por achá-los banais ou, pior ainda, que diante da omissão e tolerância dos adultos, adotem comportamentos agressivos.

O bulling é mais prevalente entre alunos com idades entre 11 e 13 anos, sendo menos freqüente na educação infantil e ensino médio.

Pessoas que sofrem bulling quando crianças são mais propensas a sofrerem depressão e baixa auto-estima quando adultos.

Da mesma forma, quanto mais jovem for a criança freqüentemente agressiva, maior será o risco de apresentar problemas associados a comportamentos anti-sociais em adultos e à perda de oportunidades, como a instabilidade no trabalho e relacionamentos afetivos pouco duradouros.

O simples testemunho de atos de bulling já é suficiente para causar descontentamento com a escola e comprometimento do desenvolvimento acadêmico e social.

Não sofra em silencio, você tem direito de ter boas lembranças da escola.

Beijos e até a próxima.

http://blogamelias.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário