Por Sua Santidade o Papa João Paulo II
« Apareceu um grande Sinal no Céu: uma Mulher Revestida de Sol » (Ap 12, 1)
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Para citar:
Apostolado Sociedade Católica: Extraído da Exortação Apostólica Pós Sinodal - Sobre Jesus Cristo, Vivo na Sua Igreja, Fonte de Esperança para a Europa. S.S. Papa Paulo II.Disponível emhttp://www.sociedadecatolica.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=305 Desde 18/09/08
« Apareceu um grande Sinal no Céu: uma Mulher Revestida de Sol » (Ap 12, 1)
A existência histórica da Igreja é ilustrada por « sinais », que estão à vista de todos mas que requerem uma interpretação. Entre eles, o Apocalipse coloca o « grande sinal » visto no céu, que fala de luta entre a mulher e o dragão.
Na mulher revestida de sol, que, aflita com as dores de parto, está para dar à luz (cf. Ap 12, 1-2), pode-se ver o Israel dos profetas que gera o Messias destinado a « reger todas as nações com cetro de ferro » (Ap 12, 5). Mas é também a Igreja, povo da nova Aliança, à mercê da perseguição e todavia protegida por Deus. O dragão é « a antiga serpente, o Diabo ou Satanás, como lhe chamam, o sedutor do mundo inteiro » (Ap 12, 9). A luta é desigual: parece avantajado o dragão, tal é a sua arrogância frente à mulher inerme e atribulada. Na realidade, sai vencedor o Filho que a mulher deu à luz. Nesta luta, uma coisa é certa: o grande dragão já foi derrotado, « foi precipitado na terra, juntamente com os seus anjos » (Ap 12, 9). Venceram-no Cristo, Deus feito homem, com a sua morte e ressurreição, e os mártires « pelo Sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho (Ap 12, 11). E, mesmo se o dragão continuar com a sua hostilidade, não há que temer, porque a sua derrota já se deu.
Esta é a certeza que anima a Igreja no seu caminho, pois, na mulher e no dragão, revê a sua história de todos os tempos. A mulher, que dá à luz o filho varão, lembra-nos também a Virgem Maria, sobretudo quando, trespassada de dores ao pé da cruz, gera novamente o Filho, como vencedor do príncipe deste mundo. Ela é entregue a João que, por sua vez, é entregue a Ela (cf. Jo 19, 26-27), tornando-Se deste modo Mãe da Igreja. Através do vínculo que une Maria à Igreja e a Igreja a Maria, esclarece-se melhor o mistério da mulher: « Maria, de fato, presente na Igreja como Mãe do Redentor, participa maternalmente naquele duro combate contra o poder das trevas, que se trava ao longo de toda a história humana. E, em virtude desta sua identificação eclesial com a “mulher revestida de sol” (Ap 12, 1), pode dizer-se que a Igreja alcançou já na Virgem Santíssima aquela perfeição, pela qual ela se apresenta sem mancha nem ruga »
Por isso, toda a Igreja tem os olhos postos em Maria. Devido aos inúmeros santuários marianos espalhados por todas as nações do continente, a devoção a Maria é muito viva e generalizada entre os povos europeus. Igreja na Europa, continua, pois, a contemplar Maria, reconhecendo que Ela está « presente como Mãe e participa nos múltiplos e complexos problemas que hoje acompanham a vida dos indivíduos, das famílias e das nações », e é o « auxílio do povo cristão, na luta incessante entre o bem e o mal, para que não caia ou, se caiu, para que ressurja “
Súplica a Maria, Mãe da Esperança.
Nesta contemplação, animada por autêntico amor, vemos Maria como figura da Igreja, que, alimentada pela esperança, reconhece a ação salvífica e misericordiosa de Deus, à luz da qual lê o seu próprio caminho e toda a história. Também hoje Ela nos ajuda a interpretar as nossas vicissitudes na perspectiva do seu Filho Jesus. Criatura nova plasmada pelo Espírito Santo, Maria faz crescer em nós a virtude da esperança. A Ela, Mãe da esperança e da consolação, dirijamos confiadamente a nossa súplica; entreguemos-Lhe o futuro da Igreja na Europa e o de todas as mulheres e homens deste continente:
Maria, Mãe da esperança, caminhai connosco! Ensinai-nos a anunciar o Deus vivo; ajudai-nos a dar testemunho de Jesus, o único Salvador; tornai-nos serviçais com o próximo, acolhedores com os necessitados, obreiros de justiça, construtores apaixonados dum mundo mais justo; intercedei por nós que agimos na história certos de que o desígnio do Pai se realizará.Aurora dum mundo novo, mostrai-Vos Mãe da esperança e velai por nós! Velai pela Igreja na Europa: que ela seja transparência do Evangelho; seja autêntico espaço de comunhão; viva a sua missão de anunciar, celebrar e servirço Evangelho da esperança para a paz e a alegria de todos.
Rainha da paz, protegei a humanidade do terceiro milénio! Velai por todos os cristãos: que eles prossigam cheios de confiança no caminho da unidade, como fermento para a concórdi a do continente. Velai pelos jovens, esperança do futuro: que eles respondam generosamente ao chamamento de Jesus.
Velai pelos responsáveis das nações: que eles se empenhem na construção duma casa comum, onde sejam respeitados a dignidade e o direito de cada um. Maria, dai-nos Jesus! Fazei que O sigamos e amemos! Ele é a esperança da Igreja, da Europa e da humanidade. Ele vive conosco, entre nós, na sua Igreja. Convosco dizemos: « Vem, Senhor Jesus » (Ap 22, 20)! Que a esperança da glória, por Ele infundida nos nossos corações, produza frutos de justiça e de paz!
Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 28 de Junho –Vigília da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo – do ano 2003, vigésimo quinto de Pontificado.
Extraído: Exortação Apostólica Pós Sinodal Ecclesia in Europa do Santo Padre João Paulo II aos Bispos, aos Presbíteros e Diáconos aos Consagrados e Consagradas e a todos os Fiéis Leigos, Sobre Jesus Cristo, Vivo na Sua Igreja, Fonte de Esperança para a Europa.Na mulher revestida de sol, que, aflita com as dores de parto, está para dar à luz (cf. Ap 12, 1-2), pode-se ver o Israel dos profetas que gera o Messias destinado a « reger todas as nações com cetro de ferro » (Ap 12, 5). Mas é também a Igreja, povo da nova Aliança, à mercê da perseguição e todavia protegida por Deus. O dragão é « a antiga serpente, o Diabo ou Satanás, como lhe chamam, o sedutor do mundo inteiro » (Ap 12, 9). A luta é desigual: parece avantajado o dragão, tal é a sua arrogância frente à mulher inerme e atribulada. Na realidade, sai vencedor o Filho que a mulher deu à luz. Nesta luta, uma coisa é certa: o grande dragão já foi derrotado, « foi precipitado na terra, juntamente com os seus anjos » (Ap 12, 9). Venceram-no Cristo, Deus feito homem, com a sua morte e ressurreição, e os mártires « pelo Sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho (Ap 12, 11). E, mesmo se o dragão continuar com a sua hostilidade, não há que temer, porque a sua derrota já se deu.
Esta é a certeza que anima a Igreja no seu caminho, pois, na mulher e no dragão, revê a sua história de todos os tempos. A mulher, que dá à luz o filho varão, lembra-nos também a Virgem Maria, sobretudo quando, trespassada de dores ao pé da cruz, gera novamente o Filho, como vencedor do príncipe deste mundo. Ela é entregue a João que, por sua vez, é entregue a Ela (cf. Jo 19, 26-27), tornando-Se deste modo Mãe da Igreja. Através do vínculo que une Maria à Igreja e a Igreja a Maria, esclarece-se melhor o mistério da mulher: « Maria, de fato, presente na Igreja como Mãe do Redentor, participa maternalmente naquele duro combate contra o poder das trevas, que se trava ao longo de toda a história humana. E, em virtude desta sua identificação eclesial com a “mulher revestida de sol” (Ap 12, 1), pode dizer-se que a Igreja alcançou já na Virgem Santíssima aquela perfeição, pela qual ela se apresenta sem mancha nem ruga »
Por isso, toda a Igreja tem os olhos postos em Maria. Devido aos inúmeros santuários marianos espalhados por todas as nações do continente, a devoção a Maria é muito viva e generalizada entre os povos europeus. Igreja na Europa, continua, pois, a contemplar Maria, reconhecendo que Ela está « presente como Mãe e participa nos múltiplos e complexos problemas que hoje acompanham a vida dos indivíduos, das famílias e das nações », e é o « auxílio do povo cristão, na luta incessante entre o bem e o mal, para que não caia ou, se caiu, para que ressurja “
Súplica a Maria, Mãe da Esperança.
Nesta contemplação, animada por autêntico amor, vemos Maria como figura da Igreja, que, alimentada pela esperança, reconhece a ação salvífica e misericordiosa de Deus, à luz da qual lê o seu próprio caminho e toda a história. Também hoje Ela nos ajuda a interpretar as nossas vicissitudes na perspectiva do seu Filho Jesus. Criatura nova plasmada pelo Espírito Santo, Maria faz crescer em nós a virtude da esperança. A Ela, Mãe da esperança e da consolação, dirijamos confiadamente a nossa súplica; entreguemos-Lhe o futuro da Igreja na Europa e o de todas as mulheres e homens deste continente:
Maria, Mãe da esperança, caminhai connosco! Ensinai-nos a anunciar o Deus vivo; ajudai-nos a dar testemunho de Jesus, o único Salvador; tornai-nos serviçais com o próximo, acolhedores com os necessitados, obreiros de justiça, construtores apaixonados dum mundo mais justo; intercedei por nós que agimos na história certos de que o desígnio do Pai se realizará.Aurora dum mundo novo, mostrai-Vos Mãe da esperança e velai por nós! Velai pela Igreja na Europa: que ela seja transparência do Evangelho; seja autêntico espaço de comunhão; viva a sua missão de anunciar, celebrar e servirço Evangelho da esperança para a paz e a alegria de todos.
Rainha da paz, protegei a humanidade do terceiro milénio! Velai por todos os cristãos: que eles prossigam cheios de confiança no caminho da unidade, como fermento para a concórdi a do continente. Velai pelos jovens, esperança do futuro: que eles respondam generosamente ao chamamento de Jesus.
Velai pelos responsáveis das nações: que eles se empenhem na construção duma casa comum, onde sejam respeitados a dignidade e o direito de cada um. Maria, dai-nos Jesus! Fazei que O sigamos e amemos! Ele é a esperança da Igreja, da Europa e da humanidade. Ele vive conosco, entre nós, na sua Igreja. Convosco dizemos: « Vem, Senhor Jesus » (Ap 22, 20)! Que a esperança da glória, por Ele infundida nos nossos corações, produza frutos de justiça e de paz!
Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 28 de Junho –Vigília da Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo – do ano 2003, vigésimo quinto de Pontificado.
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Apostolado Sociedade Católica: Extraído da Exortação Apostólica Pós Sinodal - Sobre Jesus Cristo, Vivo na Sua Igreja, Fonte de Esperança para a Europa. S.S. Papa Paulo II.Disponível emhttp://www.sociedadecatolica.com.br/modules/smartsection/item.php?itemid=305 Desde 18/09/08
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