quinta-feira, 3 de maio de 2012

Liturgia Diária Comentada 03/05/2012




Primeira Leitura: 1ª Carta de São Paulo aos Coríntios 15,1-8
O Senhor apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos
Irmãos, quero lembrar-vos o evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim. De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão.

Com efeito, transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo tinha recebido, a saber: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado; que, ao terceiro dia, ressuscitou, segundo as Escrituras’; e que apareceu a Cefas e, depois, aos Doze. Mais tarde, apareceu a mais de quinhentos irmãos, de uma vez. Destes, a maioria ainda vive e alguns já morreram. Depois, apareceu a Tiago e, depois, apareceu aos apóstolos todos juntos. Por último, apareceu também a mim, como a um abortivo - Palavra do Senhor.

Comentando a Liturgia"Cristo ressuscitado" é o fundamento de nossa fé. Neste texto de Paulo estão as linhas principais do "Credo" cristão, e o mais antigo testemunho sobre a tradição da doutrina da Igreja das origens. Funda-se Paulo no "fato" da ressurreição de Cristo, a certeza basilar da fé cristã, certeza oferecida e confirmada por longa série de testemunhas que “vi­ram" o "Ressuscitado".

Este é o ensinamento da Igreja, este o "evangelho", a alegre notícia que trouxe a salvação e funda todas as outras realidades da fé, das quais é a suprema garantia. Aqui é afirmada a "tradição" da Igreja, ou seja, o ensinamento vivo que se transmite com base nas Escrituras. É-nos dado um estilo de anúncio na evangelização e na catequese.

Salmo: 18(19A),2-3.4-5 (R. 5a)
Seu som ressoa e se espalha em toda terra
Os céus proclamam a glória do Senhor, / e o firmamento, a obra de suas mãos; / o dia ao dia transmite esta mensagem, / a noite à noite publica esta notícia.

Não são discursos nem frases ou palavras, / nem são vozes que possam ser ouvidas; / seu som ressoa e se espalha em toda a terra, / chega aos confins do universo a sua voz.

Evangelho segundo João 14,6-14
Há tanto tempo estou convosco, e não me conheces?
Naquele tempo, Jesus disse a Tomé: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes". Disse Filipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!"

Jesus respondeu: "Há quanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: 'Mostra-nos o Pai?' Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Acreditai-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa destas mesmas obras.

Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores que estas. Pois eu vou para o Pai, e o que pedirdes em meu nome, eu realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei". - Palavra da Salvação.

Comentando o Evangelho (Antonio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança):A História percorrida pela Humanidade é permanente busca de sentido. Todas as civilizações se interrogaram sobre o absoluto, fazendo as perguntas essenciais: Quem sou? De onde venho? Para onde vou? O céu estrelado, a vastidão do oceano, a fúria dos elementos – tudo levou o homem a olhar para cima e para dentro de si mesmo, tentando intuir verdades além da matéria imediata, além daquilo “que os olhos podem ver”...

Em sua busca, como às apalpadelas, nasceram mitos, teogonias, cultos religiosos. Livros sagrados, pirâmides e mausoléus são os indícios dessa incessante procura. Entretanto, é o próprio Deus quem se antecipa ao homem. Depois de escolher um povo de predileção, Deus falou a ele por meio dos profetas e patriarcas. Mas só na plenitude dos tempos, quando o Filho de Deus se fez carne, nascendo de Mulher e habitando entre nós, é que nos foi oferecido um caminho definitivo para chegar a Deus. Este Caminho é Jesus Cristo.

Caminho, ponte, canal – são imagens que apontam para a missão do Filho: pôr-nos em contato com o Pai, nossa fonte e nosso alvo, nossa indispensável mediação. Sem nenhum mérito nosso, mas puro dom gracioso de um Deus que é amor, a presença do Filho entre nós representa o ponto máximo da revelação do Deus que se debruça sobre as criaturas e deseja adotá-las como filhos. Contemplar o Filho é conhecer o Pai (cf. Jo 14, 9).

Depois disso, nós já não precisamos temer os espíritos do fogo e os demônios do vento; já não precisamos sacrificar nossos jovens para amansar divindades sangrentas; já não precisamos adivinhar enigmas reservados a uns poucos “iluminados”. Deus veio até nós em Jesus e pudemos vê-lo, ouvi-lo e tocá-lo (cf. 1Jo 1, 1-3). E esse Deus era todo amor...

Que esperamos, pois, para caminhar POR Cristo, COM Cristo, EM Cristo, na direção do Pai? Caminhar com Cristo – e o primeiro nome da Igreja foi exatamente “caminho”! (Cf. At 2, 47; 19, 23.) resume-se a imitar o Filho em seu amor obediente ao Pai, acolhendo sua voz e cumprindo a missão por Ele proposta. Ser todo para o Pai!

Seguir o Caminho é, simplesmente, pisar em suas pegadas. Amar como ele amou...

LITURGIA COMPLEMENTAR

4ª Semana da Páscoa - 4ª Semana do Saltério
SÃO FELIPE E SÃO TIAGO – APÓSTOLOS
Prefácio dos Apóstolos I ou II - Ofício da Festa
Cor: Vermelho - Ano Litúrgico “B” – São Marcos

Antífona: Estes são os santos que Deus escolheu no seu amor. Deu-lhes uma glória eterna, aleluia!

Oração do Dia: Ó Deus, vós nos alegrais cada ano com a festa dos apóstolos São Felipe e São Thiago. Concedei-nos, por suas preces, participar de tal modo da paixão e ressurreição de vosso Filho, que vejamos eternamente a vossa face. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

INTENÇÕES PARA O MÊS DE MAIO

Geral – Família: Para que sejam promovidas na sociedade as iniciativas que defendam e reforcem o papel da família.

Missionária – Maria Santíssima acompanhe os missionários: Para que a Virgem Maria, Rainha do Mundo e Estrela da Evangelização, acompanhe a todos os missionários e missionárias no serviço de anunciar seu Filho Jesus. 

Cor Litúrgica: VERMELHO - Simboliza o fogo purificador, o sangue e o martírio. Usada nas missas de Pentecostes e santos mártires.

Tempo Pascal: Os cinqüenta dias entre o Domingo da Ressurreição e o Domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação, como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como um grande Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC 22).

Os Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois do Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º Domingos da Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal formam a Oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído pelo domingo seguinte a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre quaisquer outras celebrações.

Qualquer solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a oitava da Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se seguir a oitava.

As festas celebram-se segundo a data do calendário; quando ocorrerem em domingo do Tempo Pascal, omitem-se nesse ano. As memórias obrigatórias têm precedência sobre as férias do Tempo Pascal; as memórias facultativas podem compor-se com a celebração da féria.

Diz-se o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar por todo o Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de Pentecostes, e acende-se em todas as Missas dominicais.

O Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinqüenta dias (NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e solenidade da Ascensão do Senhor.

Fonte: CNBB – Missal Cotidiano

Adaptação: Ricardo e Marta
Comunidade São Paulo Apóstolo


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